Hoje parei para pensar em tudo que eu deixei passar, escorrer pelos dedos. Foram tantas coisas, tantos sonhos, expectativas, coisas que poderiam ter dado certo e errado. Acho incrível como eu às vezes sou tão medrosa, e não arrisco. Não vou à frente, e não faço. Não ajo por impulso, as vezes sou tão comedida, tão milimetricamente pensada, tão parada. E a vida vai passando, correndo, voando. O tempo vai escorrendo dentro da ampulheta, e depois me deparo aqui, pensando no ''se acontecesse'' , ''se tivesse sido'', e em milhões de outros ''se'', hei querida, já passou, você foi medrosa demais para ariscar e percorrer o chão. Vamos se levante, e veja quanto tempo passou, vai continuar aí na beira do caminho? Olhando para todos que passam com vontade de correr, mas sem ânimo? Vamos encha os pulmões de ar, seque, e limpe os olhos para olhar a bela natureza, ela não tem medo. Olhe o sol tão grande, tão imponente. Vamo-lo lhe guiará, a caminhos que você sempre sonhou em conhecer, a estradas que você sempre quis percorrer, a vida é tão curta, tão rara, para se deixar perder, já perdemos tempo demais, já perdemos vida demais. Eu não posso mudar o que passou, e assim é melhor, não quero mesmo que tudo seja perfeito, quero aprender ainda mais com os erros que cometo, só quero deixar me permitir, me deixar fazer o que der vontade, quero ser plena. Por favor, garçom, uma dose de autoconfiança, determinação e coragem, para seguir em frente. Tantas coisas para experimentar, tantas doses não conhecidas, tantos sonhos guardados na mala, ainda virão tantos arrependimentos e junto deles risos, festas, toda uma história que irei traçar, me deixando ir, sem culpa, sem constrangimentos, feliz como uma criança que brinca na rua, no sol, sem se importar que lhe queime a pele, é desejo, é vontade, é força. Então, licença leitor, eu vou ali viver, e depois volto.

Nenhum comentário:
Postar um comentário